26 de mar. de 2016

Cidade do Vaticano, 26 mar (EFE).- O papa Francisco pediu neste sábadio à Igreja e aos fiéis católicos que divulguem a esperança a um mundo sedento dela, durante sua homilia na Vigília do Sábado de Aleluia realizada na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Francisco ressaltou que hoje é necessário difundir a esperança e anunciar Cristo ressuscitado "com a vida e mediante o amor".

"Se não for assim, seremos uma organização internacional com um grande número de seguidores e boas normas, mas incapaz de apagar a sede de esperança do mundo", afirmou.

Em uma das cerimônias mais solenes e carregadas de simbologia da Semana Santa, o papa citou o exemplo de Pedro, que após a morte de Cristo não se deixou "nem dominar por suas dúvidas; não se deixou afundar pelos remorsos, o medo e os contínuos falatórios que não levam a nada".

"Sem ceder à tristeza ou à escuridão, se abriu à voz da esperança: deixou que a luz de Deus entrasse em seu coração sem apagá-la", acrescentou Francisco, que também citou as mulheres que acudiram ao sepulcro.

O pontífice indicou aos fiéis que, da mesma forma que Pedro e as mulheres, "nós também não encontraremos a vida se permanecermos tristes e sem esperança e fechados em nós mesmos".

Francisco aconselhou que as pessoas abram seus "sepulcros selados, para que Jesus entre e o encha de vida" e para que se desfaçam "do rancor e das feridas do passado, as rochas pesadas, das fragilidades e das quedas".
O papa explicou que a esperança cristã não é "simples otimismo, e nem sequer uma atitude psicológica ou um belo convite para que se tenha ânimo", mas a sair de si mesmo e se entregar a Deus.

23 de mar. de 2016

Nesta quarta-feira (23), o Papa Francisco celebrou a última Audiência Geral antes de entrar plenamente na Semana Santa. A Catequese que pronunciou foi dedicada precisamente à misericórdia e ao Tríduo Pascal (Quinta-feira Santa, Sexta-feira Santa e Sábado Santo).
“Tudo, nestes três dias, fala de misericórdia, porque torna visível até onde pode chegar o amor de Deus”.
Francisco assegurou que “o amor de Deus não tem limites” e, como dizia Santo Agostinho, vai “até o fim sem fim”. “Deus se oferece verdadeiramente todo por cada um de nós”, acrescentou.
“O Mistério que veneramos nesta Semana Santa é uma grande história de amor que não conhece obstáculos”, já que “é uma história de partilha com os sofrimentos de toda humanidade e uma permanente presença nos acontecimentos da vida pessoal de cada um de nós”.
O Papa resumiu o significado do Tríduo Pascal, explicando que “é o memorial de um drama de amor que nos dá a certeza de que nunca seremos abandonados nas provas da vida”.
Em seguida, o Santo Padre explicou estes dias santos, um por um:
Quinta-feira Santa: “Jesus institui a Eucaristia, antecipando na última ceia o seu sacrifício no Gólgota”, disse o Papa. “Para fazer com que seus discípulos compreendam o amor que o anima, lava seus pés, oferecendo mais uma vez o exemplo em primeira pessoa de como eles mesmos devem fazer”.
O Papa observou que “a Eucaristia é amor que se faz serviço. É a presença sublime de Cristo que deseja alimentar cada um de nós, sobretudo os mais necessitados, para torná-los capazes de um caminho de testemunho entre as dificuldades do mundo”.
Sexta-feira Santa: “É o momento culminante do amor”. “A morte de Jesus, que na cruz se abandona ao Pai para oferecer salvação ao mundo inteiro, exprime o amor doado até o fim, sem fim”. É “um amor que quer abraçar todos sem excluir ninguém”.
O Papa também manifestou que é “um amor que se estende em todo tempo e em todo lugar: uma fonte inesgotável de salvação a que cada um de nós, pecadores, pode recorrer”.
Sábado Santo: “É o dia do silêncio de Deus”, explicou. “Devemos fazer de tudo para que para nós seja um dia de silêncio como foi naquele tempo, o dia do silêncio de Deus”. “Jesus deposto no sepulcro partilha com toda a humanidade o drama da morte. É um silêncio que fala e expressa o amor com solidariedade com os abandonados desde sempre, que o Filho de Deus reúne preenchendo o vazio que somente a misericórdia infinita de Deus Pai pode preencher”.
Francisco apontou que “neste dia, o amor, esse amor silencioso, se transforma em espera da vida na ressurreição”. Portanto, “no Sábado Santo, nos fará bem pensar ao silêncio de Nossa Senhora, a crente que, em silêncio, esperava pela Ressurreição. É o amor que não duvida, mas que espera na palavra do Deus, para que seja manifestada e resplandeça no dia da Páscoa”.
O Pontífice assegurou que “é tudo um grande mistério de amor e misericórdia” e “nossas palavras são pobres e insuficientes para expressá-lo em plenitude”.
Ao final, o Papa recomendou ler Juliana de Norwich, “uma jovem pouco conhecida e que escreveu páginas sublimes sobre o amor de Cristo”. “Foi uma menina analfabeta que teve visões da paixão de Jesus e que depois, sendo reclusa, descreveu com linguagem simples, mas profunda e intensa o sentido do amor misericordioso”.
Logo após, o Santo Padre dirigiu uma saudação aos peregrinos de língua portuguesa, “particularmente o grupo de Filhas de Maria Auxiliadora acompanhadas de educadores vindos de Portugal, Brasil, Angola e Moçambique”.

“Deixai-vos iluminar e transformar pela força da Ressurreição de Cristo, para que as vossas existências se convertam num testemunho da vida que é mais forte do que o pecado e a morte. Um Santo Tríduo Pascal para todos!”, concluiu.

22 de mar. de 2016


15 de mar. de 2016

Mensagem da Semana

Parece não haver necessidade de ser muito observador, estudioso ou perito em sociologia, antropologia ou, mesmo, em religião, para perceber que estamos todos mergulhados na radical transformação ou mudança de cultura em todos seus aspectos. Quase que inevitavelmente acabamos assumindo essas transformações. Para o bem ou para o mal. Para o individualismo ou para o respeito ao homem e à mulher ao nosso lado. Para o ódio ácido ou para o perdão generoso. Para a paz geradora da tranquilidade ou para a violência, fonte do medo e da angústia. Com efeito, as mudanças de época influenciam, sobretudo, nossa mentalidade. Ainda que nem sempre concordemos com seus aspectos negativos e destrutivos de uma convivência sadia e construtiva. E, se analisarmos tudo isso na ótica da fé cristã, cristalizada na religião, poderemos chegar à conclusão de que, também nessa perspectiva, temos que agilizar mudanças de nossa mentalidade. Mudanças exigentes, saindo da rotina e do “sempre foi assim...”; superando a mesmice da repetição inconsciente para a terna e sincera expressão consciente do coração diante de Deus Pai misericordioso e dos irmãos e irmãs de caminhada, olhos fixos em Jesus, rumo ao Reino definitivo. Alimentemos, pois, não apenas uma mudança de mentalidade, mas, também, uma mentalidade de mudança! 
Pe. José Gilberto Beraldo

9 de mar. de 2016

Na manhã de domingo, 6 de março, o Movimento de Cursilhos de Cristandade da Arquidiocese de Aracaju, MCC, realizou o 5º ENFORMA, Encontro de Formação para Cursilhistas, que contou com a participação de aproximadamente cem pessoas e ocorreu no Auditório do Colégio Arquidiocesano. 

O evento foi promovido pela Escola de Formação do Movimento que tem à frente, Otacílio Cerqueira e na coordenação do Movimento Carlinhos do Santos Dumont.


Foi um dia intenso de formação que iniciou com a palestra da Irmã Camiliana, Marise Inês, que discorreu sobre o Ano da Misericórdia, em seguida teve a palavra do Arcebispo Coadjutor, Dom João José Costa, que passou no encontro para dar sua saudação e confirmou que em sua juventude participou de formação no Cursilho. Em seguida, o Assessor Eclesiástico para o Movimento, Padre João Bosco.

Concluído os trabalhos da manhã, ocorreu sobre o Apostolado dos Leigos o Jornalista e Membro da Ordem Franciscana Secular, OFS, Edmilson Brito, destacando sobre o papel do leigo na Igreja e enalteceu que os leigos devem ter essa consciência para que possa ter uma atuação mais eficaz no planejamento e na ação evangelizadora da Igreja. Durante a tarde o encontro continuou com outras temáticas.  

Texto: Jornalista Edmilson Brito

  


2 de mar. de 2016

Mensagem da Semana
Pode ser que venha a dar fruto...

Quem planta uma figueira, quer figos. E vai verificar, no tempo oportuno, se os figos estão lá. Quer saboreá-los, quer dizer para si mesmo: “valeu a pena ter plantado esta árvore e ter pedido a meu empregado que cuidasse dela...”. Se a figueira não dá fruto – conclui o dono da vinha onde ela está plantada – deve ser cortada porque está inutilizando a terra: recebe água, adubo, sol, chuva, nutrientes... e nada dá em troca. Apesar da decisão tomada, entretanto, alertado pelo empregado que se afeiçoou à figueira, o dono da vinha revê sua posição e resolve ter misericórdia, esperar mais um pouco. Este é o tempo certo para refletirmos sobre se o dono da vinha acharia figos nesta vida que nos deu, juntamente com todos os instrumentos necessários para torná-la útil, colocá-la a serviço de Deus e do próximo... Não esqueçamos de que Ele poderá nos dar mais tempo, porque ‘grande é sua misericórdia’. Mas à previsão de que, nesse caso, ‘pode ser que venha a dar fruto’, deveremos retribuir com a certeza de surpreendê-lo, no tempo da colheita, com figos maduros e saborosos... Maria Elisa Zanelatto