Obra

O QUE É O MCC – MOVIMENTO DE CURSILHOS DE CRISTANDADE
O Movimento de Cursilhos de Cristandade é um movimento da Igreja Católica Apostólica Romana que, mediante um método próprio, possibilita a vivência do fundamental cristão, ajuda a descobrir e a realizar a vocação pessoal, criando núcleos de cristãos, que irão fermentar de Evangelho os ambientes.

A ESPIRITUALIDADE DO MCC…
1.   Está centrada em Jesus Cristo, manifestação suprema do amor do Pai por seus filhos e filhas (cf. Rm 8,39b), através da ação do Espírito Santo (Lc 4,18);
2.   É alimentada pela Graça – Vida Divina consciente, crescente e comunicante – (Jo 6,34-40; 4,13-14),  que leva a uma efetiva experiência de Deus;
3.   Está empenhada num processo de conversão integral e progressiva (Mt 5,48; 18,3; Lc 1,17) que leve seus participantes à santidade (CHL 30);
4.   Concretiza-se na fermentação evangélica (Evangelização/Inculturação) dos ambientes (Lc 13,21; 1Cor 5,6; Gl 5,9; Mt 5,14).

A ENCARNAÇÃO DESSA ESPIRITUALIDADE
O cursilhista é um cristão que busca, movido pela ação do Espírito Santo, viver essa espiritualidade:
·       Peregrinando, em comunhão plena com a comunidade eclesial, inserido nas realidades deste mundo, em busca da pátria futura (Hb 13,14-16);
·       Seguindo a Jesus Cristo (Mc 10,21; Mt 16,24),
- deixando-se impregnar pela Graça (Vida Divina) e
- comunicando-a (Jo 10,10; Jo 15,13; Jo 20,31);
·       Vivenciando um processo de conversão
- que, progressivamente, o leve à santidade de vida (Mt 5,48; Rm 1,7);
- alimentado pela Palavra de Deus, pela Oração e pelos Sacramentos (Mt 4,4; Jo 8,51; 6,35.51);
·       Testemunhando a Boa Notícia nos seus ambientes (Lc 24,48; At 1,8. 2,32)
- unido em “pequenas comunidades de fé” e amizade (Núcleos/Grupos) (Mt 18,20.; Mc 6,7; Doc. 62 CNBB, n.121);
- visando a neles introduzir, pela vida e pela palavra (anúncio explícito de Jesus Cristo = querigma), os critérios e valores do Evangelho (“Evangelii Nuntiandi”, 18-20) – Fermento (1Cor 5,6; Gl 5,9), Sal (Mt 5,13; Mc 9,50; Cl 4,6) e Luz (Mt 5,14; Lc 11,35-36; Jo 8,12) – (Evangelização ambiental = inculturação).

OS OBJETIVOS DO MCC
Da definição extraímos as finalidades do MCC:
·           Finalidade Imediata: vivência do fundamental cristão – que significa viver a Graça, a Vida Divina em nós, realizando o Plano de Deus, anunciando seu Reino e seguindo a Cristo;
·           Finalidade Mediata: convivência em núcleos/grupos/pequenas comunidades de fé presentes nos ambientes, procurando neles introduzir o fermento do amor, da fraternidade, da justiça, do perdão…
·           Finalidade Específica: evangelização ambiental, com a qual se procura levar os cursilhistas a ser fermento dos valores do Evangelho nos seus próprios ambientes.

O MÉTODO DO MCC
O método do MCC se centra:
·           na seleção de ambientes e candidatos (Pré-Cursilho);
·           no fomento de uma conversão autêntica e progressiva dos cursilhistas (Cursilho);
·           na volta dos que viveram o Cursilho ao lugar de onde saíram, seu acompanhamento nas tarefas de fermentar seus ambientes e sua vinculação vital com os outros cristãos comprometidos (Pós-Cursilho).
Ele tem as seguintes características: querigmático; cristocêntrico; testemunhal; pessoal; caminho de conversão; comunitário e indutivo.

O USO DO MÉTODO
O Pré-Cursilho, o Cursilho e o Pós-Cursilho (os três tempos do MCC) constituem um todo invisível. Para que o Movimento seja autêntico e para que sua finalidade seja alcançada, o Método deve ser aplicado na sua totalidade; em coerência com a finalidade concreta de cada um de seus tempos.

O PÓS-CURSILHO
O MCC oferece aos seus membros, através das formas e do processo dinâmico do Pós-Cursilho, os meios para que se cumpram o que se lhes exige como membros da Igreja: a vocação à santidade; a participação na comunidade; a evangelização.
O Pós-Cursilho se destina a ajudar os leigos a cumprir essas exigências, na medida em que eles se esforçam para alcançar a finalidade última do Movimento: “criar núcleos de cristãos que fermentem de Evangelho os ambientes”.
O MCC desenvolve sua ação evangelizadora através de NÚCLEOS DE CRISTÃOS. E, como auxílio ou suporte para os núcleos, as REUNIÕES e as ULTRÉIAS desses núcleos.
O método de trabalho missionário do Núcleo é VER, JULGAR e AGIR – VJA. A ação dos núcleos nos ambientes caracteriza-se por ser uma ação transformadora, de acordo com os postulados da Nova Evangelização.

AS PRIORIDADES DO MCC
As prioridades do MCC decididas em Assembléias Nacionais são:
·           Formação integral;
·           Busca dos batizados afastados;
·           Jovens;
·           Pastoral Urbana (e, no contexto da Pastoral Urbana, os Meios de Comunicação Social).
  
AS ESTRUTURAS OPERACIONAIS
Por estruturas operacionais entendem-se aquelas estruturas que ajudam o Movimento a alcançar seus objetivos. Fundamentalmente são duas: a ESCOLA e os GRUPOS EXECUTIVOS (Diocesanos, Regionais e Nacional).

A ESCOLA VIVENCIAL DE FORMAÇÃO
É uma comunidade de cristãos que, desejando ser discípulos, procuram capacitar-se para “conhecer cada vez mais as riquezas da fé e do Batismo e vivê-las em plenitude crescente”. Na dinâmica desse conhecimento incluem-se a convivência fraterna, o estudo da Palavra de Deus e sua conscientização, a planificação racional da ação evangelizadora e os caminhos do MCC para atingir seus objetivos. A Escola é, pois, fundamentalmente, vivencial.
A formação integral dada na Escola, deve abranger:
·           a formação espiritual;
·           a formação doutrinal;
·           a formação social;
·           a formação no campo dos valores humanos.

GRUPOS EXECUTIVOS
São grupos constituídos por cristãos responsáveis pelo MCC nas Dioceses (GED), nas Regiões Pastorais em que está dividida a Igreja no Brasil (GER), e no nível Nacional (GEN). Não são organismos de mando e não exercem qualquer poder, nem têm jurisdição sobre outros grupos. São, antes, sinais e promotores de comunhão e participação.

BREVE HISTÓRICO DO MCC
O Movimento de Cursilhos ou “a obra dos Cursilhos”, como se dizia, teve seu início no singular contexto social, econômico, político e religioso da Espanha nas décadas de 1930-1940. Coube a iniciativa à Juventude da Ação Católica Espanhola (Ilha de Maiorca, Espanha), encorajada por seus assistentes espirituais eclesiásticos e por seu Bispo, D. Juan Hervás.
Participando de peregrinações promovidas pela JACE a destacados Santuários nacionais e, especialmente da preparação e realização da grande Peregrinação levando 80.000 jovens a Santiago de Compostela, em agosto de 1948, intuíram eles a “obra dos Cursilhos”. Aqueles “cursilhos” ou pequenos cursos preparatórios à peregrinação, ministrados a milhares de jovens por toda a Espanha, durante vários anos, poderiam continuar a ser desenvolvidos, agora com outro direcionamento.
 Um eixo doutrinário específico, constituído pelo anúncio jubiloso do Evangelho, através de um método próprio – o querigmática-vivencial – facilitaram a conversão entusiasmada de muitos jovens e sua inscrição nas fileiras da JACE. A conquista do mundo para Cristo era sua bandeira.
 Alguns jovens sacerdotes da Diocese maiorquiana trabalhando com a Ação Católica e com a JACE, estavam naturalmente influenciados pelas ainda recentes Encíclicas “Mystici Corporis” (1943) e “Mediator Dei” (1947), do Papa Pio XII. Essas circunstâncias facilitaram a descoberta do eixo doutrinário dos “cursilhos”: a GRAÇA seria a sua decisiva e fundamental motivação. O método característico do Movimento surgiu do seu cunho vivencial, na emotividade das pessoas, o que não deixava de ser sumamente oportuno.
Em 1953, na 15ª Assembléia Geral da JACE, tentando resolver dificuldades internas e relacionamento e de estrutura, D. Hervás deu àqueles “cursillos” o nome de Cursilhos de Cristandade.
O MCC chegou ao Brasil trazido pela missão Católica Espanhola sendo que o 1º Cursilho Masculino foi realizado na cidade de Valinhos, em São Paulo, em 1962.

Na arquidiocese de Aracaju chegou em 1972, e sua sede localiza-se na Rua Propriá, 222, centro, Aracaju-SE. A Escola Vivencial Arquidiocesana de Formação funciona no mesmo endereço às segundas-feiras a partir das 20:00h com temas que promovem a formação integral e permanente, além de outras atividades externas de formação.