29 de jul. de 2015

Um critério simples e eficaz para saber se uma novela é boa ou ruim para você
Pe. Henry Vargas Holguín
Na vida há coisas que são intrinsecamente más; outras coisas são sempre boas; e, finalmente, existem coisas que não são, em si mesmas, nem boas nem ruins: são simplesmente coisas, situações ou circunstâncias. É precisamente neste último grupo que podemos incluir a televisão e o que ela nos apresenta: seriados, novelas, programas etc.
Deus é o nosso fim último e nele se encontra a nossa perfeição. Assim, uma coisa será boa se aproxima você de Deus, e será ruim se o afasta dele. Este é o critério mais simples e eficaz para discernir.

As novelas e seriados podem ser considerados ruins na medida em que forem o começo de
 mudanças negativas de comportamento individual e coletivo.
É preciso dedicar uma atenção especial às repercussões dos programas, sobretudo nas crianças e adolescentes, nos casos em que a consciência for manipulada. A falta de maturidade pode levar as novelas a distorcer a visão da realidade e aumentar os níveis de estresse, prejudicando a saúde mental e emocional.
Mas a "maldade" das novelas não está nas novelas em si, nem nos produtores ou atores. Eles simplesmente trabalham. Levar uma novela à televisão não é mau em si, como tampouco há maldade ou má intenção na criação de uma novela, em geral.
As novelas são boas na medida em que geram empregos, permitem o desenvolvimento na carreira dos envolvidos, promovem o talento dos atores, divertem o público etc.
Mas então qual é o lado negativo das novelas, seriados e filmes?
- As crianças e adolescentes tendem a imitar o que veem nas novelas, normalmente mais carregadas de valores negativos que positivos; e concebem as novelas como ações normais da vida diária.
- A violência vista na televisão pode levar a desenvolver comportamentos agressivos. As novelas podem mostrar a violência como única forma de solucionar problemas, promovendo o ódio, e não a importância do perdão.
- As novelas costumam banalizar o sexo e fazer do seu mau uso uma moda. Podem incentivar a promiscuidade sexual, a prostituição e a gravidez indesejada. O adultério também costuma ser mostrado como algo comum e normal.
- Em certos casos, há um incentivo à bruxaria, ocultismo, dinheiro fácil, corrupção. Promove-se a ideia de que o fim justifica os meios.
- Também é frequente facilitar o uso, nas famílias (e, consequentemente, na sociedade) de um mau vocabulário e da falta de respeito.
- Em muitos casos, a televisão leva a paralisar as atividades cotidianas, promovendo a perda de tempo e a evasão da realidade.
- Os cenários costumam ser repletos de luxo, comodidade, dinheiro, e isso pode levar o telespectador a sentir-se frustrado por não ter alcançado este "ideal" da vida.
- Ao se comparar com o que vê na televisão, as pessoas podem crescer em insegurança pessoal e criar uma imagem distorcida de si mesmas.
- Também podem facilitar a perda do critério pessoal, da personalidade, quando se imitam os personagens, nomes e estilos de vida.
- Os roteiros e tramas costumam conter erros de coerência e se chega a cair no ilusório e até no ridículo.
Se alguém se sentiu negativamente impactado pelas novelas em algum momento da vida ou de alguma maneira, tampouco tem de colocar a culpa na novela em si, porque provavelmente o que lhe faltou foi maturidade ao receber seu conteúdo.
Para concluir, cabe recordar o critério mencionado no início para ajudar a determinar se algo é bom (quando nos aproxima de Deus) ou ruim (quando nos afasta de Deus), o que se aplica a muitas realidades da vida – também às novelas e demais programas de televisão.
* Fonte: http://www.aleteia.org/pt/

21 de jul. de 2015



13 de jul. de 2015

Sair para anunciar o evangelho a todos é vital para a Igreja, diz dom Cláudio Hummes

O presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB, cardeal Cláudio Hummes, foi enfático ao afirmar que a Igreja precisa sair para ir ao encontro das pessoas e anunciar-lhes o evangelho. “É vital que a Igreja saia para anunciar o Evangelho a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões. A alegria do Evangelho é para todo o povo”, disse.
A afirmação foi feita neste sábado, 11, no 2º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas, que acontece desde quinta-feira, 9, no auditório do Museu de Ciências Naturais da PUC-Minas, em Belo Horizonte (MG).  De acordo com o cardeal é  preciso ir ao povo “com coragem e sem repugnância”. “Não basta lançar a Palavra de Deus da janela da casa paroquial. É preciso sair, ir a campo. Tomar a iniciativa e ir fará você se sentir feliz”, afirmou.
Segundo o presidente da Comissão para a Amazônia, é preciso colocar todos os agentes pastorais em constante estado de saída. “O papa Francisco fala de uma Igreja em saída, não uma Igreja sentada em casa. Um cristão em saída, bispos e padres em saída, seminaristas em saída. Em casa o seminarista já fica sentado, fica gordo”, disse dom Cláudio, provocando risadas dos congressistas. “O papa não diz uma ‘intimidade sentante’, mas itinerante”, completou.
Dom Cláudio recordou que o papa Francisco propõe uma reforma “grande e profunda” na Igreja e recordou suas palavras quando foi eleito: “sonho com uma Igreja pobre para os pobres”. “A reforma defendida pelo papa é transformar a Igreja numa Igreja missionária e, consequentemente, capaz de gritar e de denunciar as injustiças”, sublinhou o cardeal. “Não tenham medo ser profetas, meus caros seminaristas”, acrescentou.
O cardeal lembrou que o papa tem chamado a atenção do mundo com seu jeito simples e próximo das pessoas, mas alertou para o risco de suas palavras e testemunho ficarem sem incidência na vida da Igreja e das pessoas. “Não basta aplaudir o papa, mas é necessário deixar interpelar-se por ele, algo tem que mudar. Se isso ainda não aconteceu, você fazendo do papa apenas um show”, disse.
Próximo de completar 81 anos, dom Cláudio falou com entusiasmo de suas visitas às várias dioceses da Amazônia. “Quando a gente vai para a Amazônia, a gente tem que arregaçar as mangas e, quando volta, chega feliz em casa, com cheiro das ovelhas”, afirma. Aos padres deixou um recado: “Padre, quando estiver desanimado, saia, levante-se, vá em direção às periferias, ao povo sofrido, ouça o que ele dirá e aqueça seu coração, assim como Jesus aqueceu o coração dos discípulos de Emaús”.

11 de jul. de 2015

10 de jul. de 2015

Papa Francisco surpreende no Equador: nem Maria nem a Igreja são "reclamonas"
Assista o vídeo: 
Maria e a Igreja não são como uma sogra má. Foi o que disse o Papa Francisco, arrancando risos de quase 1 milhão de fiéis na Missa em Guayaquil (Equador).Debaixo de um calor sufocante, o Papa falou sobre a importância da família e do papel de Maria na vida dos fiéis.
Maria não é uma sogra que fica nos vigiando para se divertir com nossas imperícias, erros ou desatenções, disse o Papa.
"Maria é mãe! Que bonito é escutar isso: Maria é mãe!" A multidão repetiu as palavras do Papa e deu uma forte salva de palmas. 
Falando das dificuldades das famílias, Francisco afirmou sua confiança no próximo sínodo das famílias, que acontece em outubro no Vaticano. Que "aquilo que para nós parece impuro, que escandaliza ou assusta, Deus possa transformar em milagre".

1 de jul. de 2015

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançou um vídeo em alerta contra a redução da maioridade penal. Para a organização, a sociedade está preocupada com a violência, mas culpar os adolescentes pelo ato não é a solução para o problema.
Para a Unicef, a sociedade está preocupada com a violência, mas culpar os adolescentes pelo ato não é a solução para o problema.
A proposta de emenda à Constituição (PEC) 171/93, que reduz de 18 para 16 anos a maioridade penal para quem praticar crimes graves, foi votada nesta terça-feira, 30, no plenário da Câmara dos Deputados.
O vídeo faz parte de uma campanha contrária à redução da maioridade. Nela, o coordenador de Programas para Adolescentes da organização, Mario Volpi, diz que somente 0,01% dos 21 milhões de adolescentes do Brasil cometeram atos contra a vida.
No entanto, Volpi lembra que a cada hora um adolescente é assassinado no Brasil, o que faz com que o país seja o segundo em homicídios de adolescentes no mundo.
“A solução para o problema da violência no país é criar oportunidades para que os adolescentes possam desenvolver seus talentos, realizar seus sonhos, mas sem praticar delitos. Para aqueles que cometerem crimes, temos de ter um sistema suficientemente rigoroso para recuperá-los e interromper essa trajetória”, diz.
Na tarde desta terça-feira, representantes de organizações de diferentes setores, como políticos, religiosos, pessoas do meio jurídico e de defesa dos direitos humanos participaram de um ato na Câmara dos Deputados para convencer deputados indecisos a rejeitar a PEC.
O grupo propõe como alternativa o aperfeiçoamento do Estatuto da Criança e do Adolescente, com o aumento da pena para o adolescente que praticar crime violento, e para o adulto que aliciar ou cooptar o adolescente para o crime. A pena dos adolescentes será cumprida em estabelecimento separado dos maiores de 18 anos e dos menores inimputáveis.
Aprovada no último dia 17, por 21 votos a 6, na comissão especial destinada a analisar o tema, a proposta reduz a maioridade para os crimes considerados hediondos, como estupro, latrocínio e homicídio qualificado (quando há agravantes).
O texto diz ainda que a redução também poderá ocorrer pela prática de crimes de lesão corporal grave ou lesão corporal seguida de morte e roubo agravado (quando há sequestro ou participação de dois ou mais criminosos, entre outras circunstâncias).
O relator da proposta, deputado Laerte Bessa (PR-DF), inicialmente era favorável à redução para todos os crimes. “Minha convicção não é só baixar de 18 para 16. Eu queria pegar mais um pouco, uma lasca desses menores bandidos, criminosos, que estão agindo impunes hoje no país. Fui convencido da necessidade de realizar alguns ajustes a fim de que se obtenha um texto que contemple as diversas posições políticas presentes nesta Casa [Câmara dos Deputados], sem, com isso, deixar de atender aos anseios da sociedade brasileira pela justa punição criminal dos adolescentes em conflito com a lei”, disse Bessa no dia da votação.

Para ser aprovado, o texto precisa, no mínimo, do voto de 308 deputados em duas votações no plenário da Câmara. Caso seja aprovada, a proposta segue para o Senado.