24 de dez. de 2015

Francisco foi o vencedor do prêmio “Carlos Magno”, um dos mais importantes da Europa, por seus esforços em favor da paz

Papa recebeu prêmio “Carlos Magno”, um dos mais importantes da Europa / Foto: L’Osservatore Romano
O Papa Francisco foi anunciado nesta quarta-feira, 23, como o vencedor do prêmio internacional “Carlos Magno” pela paz de 2016, premiação que vem distinguir os seus esforços em favor das populações atingidas pela guerra e as injustiças sociais e econômicas.
O prêmio é considerado um dos mais importantes na Europa e já foi entregue ao Papa João Paulo II, em 2004. A premiação foi estabelecida em 1949, quando a cidade alemã de Aquisgranose, que confere o prêmio, estava em ruínas, após a II Guerra Mundial. O prêmio é destinado a pessoas e instituições que tenham um papel importante no processo de unificação da Europa.
O comitê elogia a figura de Francisco como uma “voz da consciência” e uma “autoridade moral extraordinária” para a Europa, com uma mensagem de esperança e encorajamento em tempos de crise. Em especial, recorda-se o discurso do Papa ao Parlamento Europeu, em 25 de novembro de 2014, em Estrasburgo, França.
Na ocasião, o Santo Padre disse: “a Europa tem uma necessidade imensa de redescobrir o seu rosto para crescer, segundo o espírito dos seus pais fundadores, na paz e na concórdia, já que ela mesma não está ainda isenta dos conflitos”.
Papa Francisco e a paz
Em pouco mais de mil dias de pontificado, o Papa Francisco já deixou vários gestos e mensagens de paz, como o inédito encontro de oração que reuniu ospresidentes de Israel e da Palestina, em 8 de junho de 2014, marcada pela oração: “Nunca mais a guerra”.
Em setembro de 2013, Francisco assumiu a iniciativa de escrever ao presidente russo, VladimirPutin, antes de uma cimeira do G20 em que se previa o envio de tropas para o conflito na Síria, algo que veio a não acontecer.
“A todos eles [líderes do G20], e a cada um deles, dirijo um sentido apelo para que ajudem a encontrar caminhos para superar as diversas contraposições e abandonem qualquer vã pretensão de uma solução militar”, escreveu.
A primeira viagem do pontificado teve como destino a ilha italiana de Lampedusa, onde deixou um apelo contra a ‘globalização da indiferença’, lembrando quem morre no Mediterrâneo.
Vários foram os apelos em defesa dos refugiados, em favor da paz na Ucrânia e os alertas para a situação dos cristãos no Médio Oriente. O pontificado contou também com várias mensagens condenando a ação da Mafia na Itália, o tráfico de seres humanos, a fome ou os crimes e abusos contra menores.
O pensamento de Francisco sobre todos estes temas está condensado nas suas mensagens para o Dia Mundial da Paz, que a Igreja celebra anualmente em 1º de janeiro. (Confira a mensagem para o Dia Mundialda Paz 2016)
No centenário da I Guerra Mundial, em 2014, Francisco esteve no maior cemitério militarda Itália para afirmar que “a guerra é uma loucura”. Já na sua mensagem para o 49º Dia Mundial da Paz (1 de janeiro de 2016), Francisco critica as consequências do esquecimento de Deus nas relações entre os seres humanos e a natureza.
* Fonte: http://www.agencia.ecclesia.pt/

4 de dez. de 2015


Não percam!
Teremos Missa às 19h30, muita animação, espiritualidade, Campanha dos Alimentos e confraternização!

2 de dez. de 2015


24 de nov. de 2015

Ultreia Missionária realizada dia 26 de outubro de 2015 no Salão Paroquial Sagrada Família, Conjunto Sol Nascente, Aracaju.

   

Com o tema "A Missão é servir", os irmãos decolores de Aracaju encontraram-se para mais um “avante” na caminhada, contando com a participação de 70 pessoas.
A programação constou de: 
- 19h30: Acolhimento  - Núcleo MCC Sol Nascente
- 20:00: Abertura e animação (Inês)
- Orações Iniciais (Josinete)
- 20h05: Mensagem  "Missão é servir" (Pe. Bosco Leite)
- 20h35: Canto (Marcão & Cia)
- 20h40: Momento "MCC Jovem"
- 21h55: Canto
- 21h00: Testemunhos
- 21h10: Comunicações (GED- Carlinhos  e EVF- Otacílio)
- 21h20: Aniversariantes de outubro
- Orações Finais/Abraços da Paz/Canto 
- 21h30: Confraternização e Encerramento.

A equipe da Escola Vivencial Arquidiocesana de Formação contou com o apoio dos membros do Núcleo Sol Nascente iniciado em 19/09/15, na organização do evento.

5 de nov. de 2015

Um filósofo francês lança o "Anti-Manual da Evangelização", com sugestões curiosas e interessantes

Qual é a maneira mais eficaz de falar de Deus hoje? Dirigindo-nos principalmente a uma pessoa ateia ou agnóstica, de que modo podemos despertar o seu interesse e talvez estimular a sua conversão? Em seu livro “Comment parler de Dieu aujourd’hui : Anti-manuel d’évangélisation” (“Como Falar de Deus hoje? Anti-manual da Evangelização“, em livre tradução do título), o filósofo francês Fabrice Hadjadj oferece algumas possíveis “soluções”.

Vejamos cinco delas:
1) Fale de maneira “divina” e nunca banal
“Falar de Deus não significa falar de ‘outro’. O Uno pode ser enunciado através dos outros e os outros podem se afirmar graças ao Uno”.
Ou seja, de Deus não se fala adequadamente nem como uma “Super Coisa” nem como se fosse uma coisa trivial. Trata-se de falar dele de maneira… divina. Vamos tentar um exemplo. Quando se fala de uma moça bonita, pode-se elevar a conversa para um enfoque em que, ao mesmo tempo, se superem as banalidades e se fale com uma “profundidade acessível”, tocando-se em realidades que podemos experimentar: “Ela é mesmo bonita, mas qual é o sentido da vida dela?”; “Por que será que a beleza do seu corpo fala misteriosamente à minha alma?”.
Em resumo: não banalizar, mas também não transformar o discurso em algo complicado, distante, abstrato, inatingível. Falar de Deus é “falar daquele que fala”, é “falar da Palavra”: é falar de Alguém que se comunica. Portanto, é falar de uma “comunicação interior” que nos chega ao coração e nos convida a “conversar” com uma realidade superior, mais profunda, mais cheia de sentido, transcendente e que… não conseguimos explicar com palavras – mas “entendemos” porque é uma experiência que todos podemos ter.
2) Abra-se ao diálogo com qualquer interlocutor
Falar de Deus “também significa amar, inseparavelmente, aquele com quem falamos sobre Ele, porque significa reverberar sobre ele a Palavra que lhe dá a existência e, portanto, deseja infinitamente que ele exista”.
O autor dá o exemplo do missionário diante de uma pessoa hostil. “Se eu vim anunciar a Palavra de Deus, e Deus é Providência, então é Deus mesmo que coloca esta pessoa no meu caminho. Eu preciso honrar esta pessoa, embora ela se porte de modo bastante desagradável (…) Tenho que admirar a poesia do seu rosto e o enigma da sua existência”.
Desta perspectiva, “todo fanfarrão acaba se revelando ‘Palavra de Deus’ por causa da sua própria presença. É a Palavra de Deus quem lhe dá o ser. É o amor de Deus que cria esta pessoa do nada e a vivifica”. A própria existência dessa pessoa evoca o mistério inexplicável do ser. E esse mistério faz pensar no sentido, na origem e na finalidade do ser.
3) Dê testemunho ao anticristão
Deus, portanto, está presente até no mais anticristão dos homens. “Talvez não com a presença da graça, mas, pelo menos, com a presença de criação, com a presença de imensidão. Quando eu falo sobre Deus com o meu ‘inimigo’, devo estar consciente de que Deus está plenamente empenhado em criar esse meu ‘inimigo’ com amor”.
Esta é uma constatação decididamente “desestabilizadora”, observa Hadjadj: “Eu tenho que falar sobre Deus com essa pessoa deixando-me antes interpelar por ela, acolher a sua presença, responder à sua inimizade atestando a sua bondade originária. E é justamente o espanto diante da sua bondade originária, para além da antipatia inicial, que pode nos ajudar a chegar ao coração do ‘inimigo’”.
É essencial que “o mensageiro de Deus não tenha medo de dar testemunho diante daquele que parece distantíssimo da fé” – a exemplo do apóstolo São Paulo.
4) Testemunhe a misericórdia
O evangelizador, hoje, corre o perigo de parecer um “palhaço” por causa da desproporção entre Aquele de quem fala e aquilo que ele é: a sua boca é pequena demais para o Infinito, o seu coração é estreito demais para o Amor sem medida.
O cristão, observa Hadjadj, “não tenta ser engraçado, mas é ridículo às próprias custas. O Espírito é espirituoso. Pense no mistério da Trindade: um só Deus, e isso até vá lá, mas… em três Pessoas. Pense no mistério da Encarnação: o homem que come peixes conosco é a Palavra eterna”.
Como, então, falar de Deus sem parecer um palhaço? Pode ser mediante o testemunho da misericórdia. Por exemplo, “quando passo ao lado de um sem-teto cujo cheiro me dá náuseas”: sei demonstrar que Deus está presente em todos, mesmo naqueles que ninguém vê?
5) Fale ao coração, com humildade
Falar de Deus significa promover com quem está conosco uma “conversão do coração e do olhar. Deus quer nos ensinar a humildade”.

Por isso, pregue-O com o exemplo. Seja humilde. Dê sinais discretos. Faça o bem sem buziná-lo aos quatro ventos. Viva com uma generosidade que, em si mesma, fale de transcendência.

3 de nov. de 2015



20 de out. de 2015

“Aquele que disse ser: "aprendiz de cristão".
Eduardo Bonnín Aguiló, Fundador do Movimento dos Cursilhos de Cristandade:
Nasceu em Palma de Maiorca, a 4 de Maio de 1917, na residência familiar, onde está hoje localizado o Bar Niza. Era o segundo dos dez filhos do casal Sr. Fernando Bonnín Piña e D.ª Mercedes Aguiló Forteza, “o Grande”, chamava-o o seu pai. Desde os primeiros dias a sua Mãe e o seu avô Jorge, “uma pessoa que marcou a sua vida”, cuidaram de lhe infundir o fundamental cristão: o amor de Deus e a importância de “fazer caminho” em companhia. É o marco principal da sua vida. Eduardo chega à juventude não só cheio de “espírito cristão”, mas também com uma inquietude inconformista, porque considerava que “a mensagem de Cristo era apresentada de forma desajeitada”. Tentou conhecer o pensamento de todos os escritores que estavam “na crista da onda” do espiritual, aprofundando o estudo da pessoa e da amizade.
Pelo deflagrar da Guerra Civil espanhola foi incorporado no serviço militar com 18 anos e a coincidência do referido evento com o início da II Guerra Mundial obrigam-no a permanecer no quartel durante quase nove anos. No quartel encontra-se com jovens que fazem alarde de “outros” valores muito diferentes dos que Eduardo tinha visto (conhecido) entre os amigos da sua juventude. Este período marca uma segunda etapa na vida e obra de Eduardo. Providencialmente cai nas mãos de Eduardo o texto de um discurso que Pio XII tinha feito aos párocos e pregadores de Quaresma de Roma. Foi (feito o discurso) no dia 6 de Fevereiro de 1940. O Santo Padre incita a procurar caminhos “novos”, diferentes dos habituais, para fazer que todos, mas muito especialmente os afastados, conheçam o Amor de Deus.
Três princípios se convertem nas diretrizes básicas do pensamento de Eduardo: O Amor de Deus, a Amizade e a Pessoa, especialmente os afastados. A partir daí dedicou toda a sua vida a desenvolver a conjunção destes princípios, expressando as conclusões num trabalho a que dá vida com o título de “O Estudo do Ambiente”.
O “Estudo do Ambiente” converte-se assim no “ponto de partida” daquilo que se conhecerá como Movimento dos Cursilhos de Cristandade.
Depois de assistir, em Lluc, durante a Semana Santa de 1943, ao II Cursilho de Adelantados de Peregrinos, que se celebrou para preparação da Peregrinação a Santiago em 1948, Eduardo considera que a estrutura do mesmo, ainda que com retoques substanciais, poderia ser útil para dar vida real aos princípios contemplados no “Estudo do Ambiente”.
Com estes membros e com o apoio maioritário do centro de Ação Católica de Felanitx, organiza-se e realiza-se o PRIMEIRO CURSILHO DA HISTÓRIA, de 20 (a 23) de Agosto de 1944 num chalé - “Mar i Pins” – em Cala Figuera (Santanyi), com Eduardo como Reitor, ladeado por José Ferragut e Jaime Riutort como dirigentes.
Assim nasceu o Movimento dos Cursilhos de Cristandade pela Graça do Espírito Santo.
Com os mesmos esquemas de lições, ou rolhos, utilizados em Cala Figuera, salvo mínimas alterações, fizeram-se mais quatro cursilhos entre 1945 e 1948, e todos os outros cursilhos que se celebraram até hoje. Incluído o cursilho celebrado em San Honorato em 7 (a 10) de Janeiro de 1949, ao qual, sob a “euforia” da Peregrinação a Santiago, se decidiu numerar oficialmente como o Cursilho nº. 1.

11 de out. de 2015

29 de set. de 2015

O Movimento de Cursilhos de Cristandade da Arquidiocese de Aracaju realizou ontem, 28/09/15 na Sede da Escola Vivencial de Formação, uma movimentada Ultreia de Acolhida aos Neocursilhistas que participaram do 8. Cursilho Misto realizado nos dias 25 a 27 de setembro no Convento São Francisco na cidade de São Cristóvão-SE, quando participaram 35 pessoas de Aracaju e Capela, sendo 19 de Aracaju.

Avancemos para águas mais profundas, buscando a vivência do carisma decolores que é realizar cursilhos, criar Núcleos de cristãos para evangelizar de modo organizado os ambientes!!  Avante Decolores!!

10 de set. de 2015

Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira (10/09), na Sala Clementina, no Vaticano, cerca de 130 novos bispos que participam, nesta semana, do curso anual promovido pela Congregação para os Bispos e pela Congregação para as Igrejas Orientais. 
“Vocês são bispos da Igreja, chamados e consagrados recentemente. Vieram de um encontro irrepetível com o Ressuscitado. Atravessando os muros de sua impotência, o Senhor os alcançou com a sua presença, mesmo conhecendo suas falhas e abandonos, fugas e traições. Não obstante isso, Ele veio no Sacramento da Igreja e soprou sobre vocês. Este é um hálito que deve ser conservado, um sopro que abala a vida que nunca será a mesma de antes, mas que também dá serenidade e consola como a brisa suave”, frisou Francisco. 
Os bispos são testemunhas do Ressuscitado
O Papa recordou aos bispos que eles “são testemunhas do Ressuscitado”. “Esta é a sua primeira e insubstituível tarefa. Esta é a riqueza que a Igreja transmite também através de mãos frágeis. Lhes foi confiada a pregação da realidade que sustenta todo o edifício da Igreja: Jesus ressuscitou! Aquele que subordinou a própria vida ao amor, não podia permanecer na morte. Deus Pai ressuscitou Jesus! Também nós ressuscitaremos com Cristo”, frisou o Santo Padre.
Francisco sublinhou que os homens se esqueceram da eternidade. Segundo ele, “muitos são sequestrados pelo cálculo cínico da própria sobrevivência e se tornaram indiferentes, impermeáveis à possibilidade de vida que não morre. Todavia, somos investidos de perguntas cujas respostas vem do futuro definitivo”. 
“Penso nos desafios dramáticos como a globalização que aproxima o que está distante e por outro lado separa quem está perto. Penso no fenômeno da migração que abala os nossos dias. Penso no ambiente natural, jardim que Deus deu como moradia ao ser humano e outras criaturas, ameaçado pela míope e predatória exploração. Penso na dignidade e no futuro do trabalho humano do qual não usufruem inteiras gerações. Penso na desertificação das relações, na falta de responsabilidade difundida, no desinteresse pelo futuro e no fechamento crescente.  Penso no esmorecimento de muitos jovens e na solidão de muitos idosos”, disse ainda o Papa. 
“Não quero me concentrar nesta agenda de tarefas, pois  não quero espantá-los. Vocês estão ainda em lua de mel!”, disse ainda Francisco. “Como Bispo de Roma quero entregar vocês, mais uma vez, aos cuidados da alegria do Evangelho”. “Os discípulos se alegraram quando encontraram vivo o “Pastor que aceitou morrer pelo seu rebanho”. Vocês também devem se alegrar quando se consomem por suas Igrejas Particulares. Recordem-se sempre de que o Evangelho os protege. Não tenham medo de ir a qualquer lugar e permanecer com aqueles que o Senhor lhes confiou. Nenhum âmbito da vida humana deve ser excluído do interesse do coração do pastor. Não negligenciem as várias realidades de seu rebanho. Não renunciem aos encontros, se dediquem à pregação da Palavra viva do Senhor e convidem todos para a missão.”
Bispos pedagogos, guias espirituais e catequistas
O Papa convidou os bispos a serem pedagogos, guias espirituais e catequistas daqueles que frequentam suas comunidades e recebem a Eucaristia, guiando-os ao conhecimento do mistério que professam, ao esplendor do rosto divino escondido na Palavra que talvez estejam acostumados a ouvir mas sem perceber a sua força. “Não poupem energia em acompanhá-los na subida do Monte Tabor. Cuidem de seus sacerdotes para que despertem o encanto de Deus nas pessoas a fim de que sintam sempre o desejo de permanecer em Sua presença, sintam saudade de Sua companhia”, disse ainda Francisco. 
Bispos mistagogos
Francisco recordou em seu discurso aos bispos “as pessoas batizadas, mas que não vivem as exigências do Batismo”. “Algumas se distanciaram porque se desiludiram com as promessas da fé ou porque muito exigente lhes pareceu o caminho para alcançá-las. Vocês bispos são capazes de interceptar seu caminho. Se façam de viandantes aparentemente perdidos, perguntando o que aconteceu na Jerusalém de suas vidas e, discretamente, deixem elas abrir o seu coração. Não se escandalizem com suas dores ou suas decepções. Aqueçam os seus corações com a escuta humilde e interessada ao seu verdadeiro bem para que os seus olhos se abram e possam voltar ao Senhor.” 
Bispos missionários
“Como pastores missionários da salvação gratuita de Deus, busquem também aqueles que não conhecem Jesus ou o recusou”, disse ainda o Papa. “Não podemos prescindir dos irmãos que estão distantes. Vendo em nós o Senhor que os interpela, talvez tenham a coragem de responder ao seu convite divino. Se isso acontecer, as nossas comunidades serão enriquecidas e o nosso coração de pastor se alegrará. Este horizonte deve prevalecer em seu olhar de pastores no iminente Ano Jubilar da Misericórdia que em breve iremos celebrar”, concluiu o Papa Francisco. 

Fonte: Rádio Vaticano

3 de set. de 2015

O Papa Francisco refletiu ontem sobre o Evangelho deste domingo durante a tradicional Oração do Ângelus na Praça de São Pedro e advertiu que muitos se proclamam católicos por cumprir os preceitos, mas causam danos à Igreja com um “contratestemunho cristão”.
O Pontífice explicou que “o Evangelho deste domingo apresenta uma disputa entre o Jesus e alguns fariseus e os escribas” que lhe recriminam transgredir as normas.
“A resposta de Jesus tem a força de um pronunciamento profético: ‘Vocês deixam de lado o mandamento de Deus e observam a tradição dos homens’. São palavras que nos enchem de admiração por nosso Mestre: sentimos que n’Ele há verdade e que a sua sabedoria nos liberta dos preconceitos”.
O Papa Francisco advertiu que “com estas palavras, Jesus quer alertar também a nós, hoje, que ao manter a observância exterior da lei seja suficiente para ser bons cristãos.
“Como à época para os fariseus, há também para nós o perigo de nos consideramos adequados ou, pior, melhor do que os outros pelo simples fato de observar as regras, as tradições, mesmo se não amamos o próximo, somos duros de coração, soberbos, orgulhosos. A observância literal dos preceitos é algo estéril se não muda o coração e não se traduz em atitudes concretas: abrir-se ao encontro com Deus e à Sua Palavra, a oração, buscar a justiça e a paz, ajudar os pobres, os fracos, os oprimidos”, disse o Santo Padre.
“Todos sabemos: em nossas comunidades, nas nossas paróquias, nos nossos bairros, quanto mal fazem à Igreja e são motivo de escândalo as pessoas que se dizem muito católicas e vão muitas vezes na igreja, mas, depois, na sua vida cotidiana, descuidam da família, falam mal de outros e assim por diante. Isso é o que Jesus condena, porque é um contratestemunho cristão”, adicionou.
O Santo Padre indicou que “não são coisas exteriores que nos fazem santos ou não santos, mas é o coração que expressa as nossas intenções, as nossas escolhas e o desejo de fazer tudo por amor a Deus. As atitudes exteriores são a consequência do que decidimos no coração, mas não o contrário”.
Em seguida, o Pontífice explicou: “Se o coração não muda, não somos verdadeiros cristãos. A fronteira entre o bem e o mal não passa fora de nós, mas sim, dentro de nós. Podemos nos perguntar: onde está meu coração? Jesus diz: “O teu tesouro é onde está o seu coração”. Qual é o meu tesouro? É Jesus, a sua doutrina?  É o coração bom ou o tesouro é outra coisa? Portanto, é o coração que deve ser purificado e convertido”.
“Sem um coração purificado, não se pode ter mãos verdadeiramente limpas e lábios que pronunciem palavras sinceras de amor – tudo é duplo, uma vida dupla –, lábios que pronunciam palavras de misericórdia, perdão. Somente isso só pode fazer o coração sincero e purificado”, disse o Papa.
Finalmente, convidou aos fiéis pedir ao Senhor, “por intercessão da Virgem Santa, para nos dar um coração puro, livre de toda hipocrisia. Esse é o adjetivo que Jesus disse aos fariseus: ‘hipócritas’, porque dizem uma coisa e fazem outra. Um coração livre de hipocrisia, para que sejamos capazes de viver de acordo com o espírito da lei e alcançar o seu fim, que é o amor”.
Fonte: ACI Digital

28 de ago. de 2015

Um deserto de areia, dor e morte que não tem prazo para terminar
Na primeira semana de agosto de 2014, mais um êxodo corta os desertos do Oriente Médio. Na Planície de Nínive, norte do Iraque, milhares de cristãos e yazidis são expulsos violentamente de suas terras pelo fanatismo assassino do Estado Islâmico. As imagens vêm dos campos de refugiados de Erbil, são cortesia da edição árabe de Aleteia e dispensam palavras - mas pedem socorro.
 







Continuemos rezando por esses nossos irmãos, que estão perseverando na fé em meio a sofrimentos aberrantes que sequer podemos imaginar. Que Maria interceda perante Deus Pai pela conversão dos corações e pela paz entre os homens.
*Fonte: http://www.aleteia.org/pt/mundo/artigo/um-ano-de-horror-em-fotos-o-exodo-cruel-de-milhares-de-cristaos-e-yazidis-expulsos-pelo-estado-islamico-5797808518987776



12 de ago. de 2015

Queremos oferecer a nossa contribuição à superação da crise ecológica que a humanidade está vivendo

O Papa Francisco enviou uma carta ao Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz e ao Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, na qual afirma que, compartilhando com o amado irmão o Patriarca Ecumênico Bartolomeu as preocupações pelo futuro da criação e, acolhendo a sugestão de seu representante, o Metropolita Ioannis de Pérgamo, que se pronunciou na apresentação da Encíclica Laudato Si sobre o cuidado da casa comum, decidiu instituir também na Igreja Católica o “Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação” que, a partir do ano corrente será celebrado em 1° de setembro – assim como já ocorre há tempos na Igreja Ortodoxa.
Motivação
Como cristãos, – escreve o Papa – queremos oferecer a nossa contribuição à superação da crise ecológica que a humanidade está vivendo. Por isto devemos, antes de tudo, buscar no nosso rico patrimônio espiritual as motivações que alimentam a paixão pelo cuidado da criação, recordando sempre que para os que creem em Jesus Cristo, Verbo de Deus que se fez homem por nós, «a espiritualidade não está desligada do próprio corpo nem da natureza ou das realidades deste mundo, mas vive com elas e nelas, em comunhão com tudo o que nos rodeia» (ibid., 216).
A crise ecológica – reafirma Francisco – nos chama, portanto, a uma profunda conversão espiritual: os cristãos são chamados a uma «conversão ecológica, que comporta deixar emergir, nas relações com o mundo que os rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus» (ibid., 217). De fato «Viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspecto secundário da experiência cristã, mas parte essencial duma existência virtuosa» (ibid).
Protetores
O Santo Padre destaca em seguida que o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, que será celebrado todos os anos, oferecerá aos fieis individualmente e às comunidades a preciosa oportunidade de renovar a pessoal adesão à própria vocação de custódios da criação, elevando a Deus o agradecimento pela obra maravilhosa que Ele confiou ao nosso cuidado, invocando a sua ajuda para a proteção da criação e a sua misericórdia pelos pecados cometidos contra o mundo em que vivemos. A celebração do Dia, na mesma data, com a Igreja Ortodoxa, será uma ocasião profícua para testemunhar a nossa crescente comunhão com os irmãos ortodoxos.
O Papa Francisco recorda que vivemos em um tempo em que todos os cristãos enfrentam idênticos e importantes desafios, aos quais, para resultar mais críveis e eficazes, devemos dar respostas comuns. Por isto, é seu desejo que tal Dia possa envolver, em qualquer modo, também outras Igrejas e Comunidades eclesiais e ser celebrado em sintonia com as iniciativas que o Conselho Mundial de Igrejas promove sobre este tema.
Tarefas
Ao Cardeal Turkson, Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, o Santo Padre pede para levar ao conhecimento das Comissões Justiça e Paz das Conferências Episcopais, bem como dos Organismos nacionais e internacionais comprometidos no âmbito ecológico, a instituição do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, para que, em harmonia com as exigências e as situações locais, a celebração seja devidamente organizada com a participação de todo o Povo de Deus: sacerdotes, religiosos, religiosas e fieis leigos. Para este objetivo, será de responsabilidade deste Dicastério, em colaboração com as Conferências Episcopais, implementar oportunas iniciativas de promoção e de animação, para que esta celebração anual seja um momento forte de oração, reflexão, conversão e uma oportunidade para assumir estilos de vida coerentes.
Já ao Cardeal Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, pede para realizar os contatos necessários com o Patriarcado Ecumênico e com as outras realidades ecumênicas, para que tal Dia Mundial possa tornar-se sinal de um caminho percorrido conjuntamente por todos os que creem em Cristo. Será responsabilidade, além disto, deste Dicastério, cuidar da coordenação com iniciativas similares tomadas pelo Conselho Mundial de Igrejas.
Enquanto faz votos da mais ampla colaboração para o bom início e desenvolvimento do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, o Papa Francisco invoca a intercessão da Mãe de Deus, Maria Santíssima, e de São Francisco de Assis, cujo Cântico das Criaturas inspira tantos homens e mulheres de boa vontade a viver no louvor do Criador e no respeito pela criação.
Fonte: News.va


8 de ago. de 2015

O secretário geral da Conferência Episcopal Italiana, dom Nunzio Galantino, inicia hoje, 6 de agosto, visita pastoral à Jordânia, por ocasião do Dia Internacional de Oração pelos Cristãos Perseguidos no Oriente Médio. A viagem marca um ano da chegada dos refugiados ao país, em 8 de agosto de 2014, sendo um convite do patriarca de Jerusalém dom Fouwad Twal e do vigário patriarcal para a Jordânia, dom Maroun Lahhan.
Em carta enviada por meio do secretário geral, dom Galatino, o papa Francisco recordou “que os perseguidos e oprimidos pela violência, foram obrigados a abandonar as suas casas e a sua terra”. O pontífice disse também que as pessoas perseguidas por causa da fidelidade ao Evangelho podem ser consideradas mártires.
“Várias vezes quis dar voz às atrozes, desumanas e inexplicáveis perseguições a quem em tantas partes do mundo, e sobretudo entre os cristãos, é vítima do fanatismo e da intolerância, muitas vezes sob os olhos e no silêncio de todos”, escreveu o papa.
Francisco deseja, ainda, que os cristãos possam “ser o sinal de uma Igreja que não esquece e não abandona os seus filhos exilados por causa da sua fé”.

Acolher os refugiados
Segundo dados divulgados, em junho deste ano, pela Agência da ONU para refugiados (Acnur), o número de refugiados atingiu 59,5 milhões em 2014. O crescimento registrado é o maior desde 2013, considerando que mais de 2,5 milhões de pessoas tiveram que deixar suas casas no Iraque em 2014, onde grande parte da população refugiou-se na região autônoma do Curdistão iraquiano. Cerca de 14 milhões de pessoas foram expulsas de suas casas no Iraque e na Síria.
Na carta aos refugiados iraquianos, presentes neste momento na Jordânia, o papa Francisco faz votos de que a opinião pública mundial possa estar cada vez mais atenta, sensível e partícipe diante das perseguições realizadas contra os cristãos e, mais em geral, contra as minorias religiosas. “Renovo o desejo de que a Comunidade Internacional não permaneça em silêncio e inerte diante de tal inaceitável crime”, disse.

Ao final, agradeceu às comunidades que souberam acolher os irmãos refugiados. “Vocês anunciam a ressurreição de Cristo com a partilha da dor e com a ajuda solidária que prestam às centenas de milhares de refugiados; com o seu a inclinar-se sobre os seus sofrimentos, que correm o risco de sufocar suas esperanças; com o seu serviço de fraternidade, que ilumina também momentos tão escuros da existência. E a invocação que o Senhor recompense a todos, como somente Ele pode fazer, com a abundância de seus dons”, disse.

29 de jul. de 2015

Um critério simples e eficaz para saber se uma novela é boa ou ruim para você
Pe. Henry Vargas Holguín
Na vida há coisas que são intrinsecamente más; outras coisas são sempre boas; e, finalmente, existem coisas que não são, em si mesmas, nem boas nem ruins: são simplesmente coisas, situações ou circunstâncias. É precisamente neste último grupo que podemos incluir a televisão e o que ela nos apresenta: seriados, novelas, programas etc.
Deus é o nosso fim último e nele se encontra a nossa perfeição. Assim, uma coisa será boa se aproxima você de Deus, e será ruim se o afasta dele. Este é o critério mais simples e eficaz para discernir.

As novelas e seriados podem ser considerados ruins na medida em que forem o começo de
 mudanças negativas de comportamento individual e coletivo.
É preciso dedicar uma atenção especial às repercussões dos programas, sobretudo nas crianças e adolescentes, nos casos em que a consciência for manipulada. A falta de maturidade pode levar as novelas a distorcer a visão da realidade e aumentar os níveis de estresse, prejudicando a saúde mental e emocional.
Mas a "maldade" das novelas não está nas novelas em si, nem nos produtores ou atores. Eles simplesmente trabalham. Levar uma novela à televisão não é mau em si, como tampouco há maldade ou má intenção na criação de uma novela, em geral.
As novelas são boas na medida em que geram empregos, permitem o desenvolvimento na carreira dos envolvidos, promovem o talento dos atores, divertem o público etc.
Mas então qual é o lado negativo das novelas, seriados e filmes?
- As crianças e adolescentes tendem a imitar o que veem nas novelas, normalmente mais carregadas de valores negativos que positivos; e concebem as novelas como ações normais da vida diária.
- A violência vista na televisão pode levar a desenvolver comportamentos agressivos. As novelas podem mostrar a violência como única forma de solucionar problemas, promovendo o ódio, e não a importância do perdão.
- As novelas costumam banalizar o sexo e fazer do seu mau uso uma moda. Podem incentivar a promiscuidade sexual, a prostituição e a gravidez indesejada. O adultério também costuma ser mostrado como algo comum e normal.
- Em certos casos, há um incentivo à bruxaria, ocultismo, dinheiro fácil, corrupção. Promove-se a ideia de que o fim justifica os meios.
- Também é frequente facilitar o uso, nas famílias (e, consequentemente, na sociedade) de um mau vocabulário e da falta de respeito.
- Em muitos casos, a televisão leva a paralisar as atividades cotidianas, promovendo a perda de tempo e a evasão da realidade.
- Os cenários costumam ser repletos de luxo, comodidade, dinheiro, e isso pode levar o telespectador a sentir-se frustrado por não ter alcançado este "ideal" da vida.
- Ao se comparar com o que vê na televisão, as pessoas podem crescer em insegurança pessoal e criar uma imagem distorcida de si mesmas.
- Também podem facilitar a perda do critério pessoal, da personalidade, quando se imitam os personagens, nomes e estilos de vida.
- Os roteiros e tramas costumam conter erros de coerência e se chega a cair no ilusório e até no ridículo.
Se alguém se sentiu negativamente impactado pelas novelas em algum momento da vida ou de alguma maneira, tampouco tem de colocar a culpa na novela em si, porque provavelmente o que lhe faltou foi maturidade ao receber seu conteúdo.
Para concluir, cabe recordar o critério mencionado no início para ajudar a determinar se algo é bom (quando nos aproxima de Deus) ou ruim (quando nos afasta de Deus), o que se aplica a muitas realidades da vida – também às novelas e demais programas de televisão.
* Fonte: http://www.aleteia.org/pt/

21 de jul. de 2015



13 de jul. de 2015

Sair para anunciar o evangelho a todos é vital para a Igreja, diz dom Cláudio Hummes

O presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB, cardeal Cláudio Hummes, foi enfático ao afirmar que a Igreja precisa sair para ir ao encontro das pessoas e anunciar-lhes o evangelho. “É vital que a Igreja saia para anunciar o Evangelho a todos, em todos os lugares, em todas as ocasiões. A alegria do Evangelho é para todo o povo”, disse.
A afirmação foi feita neste sábado, 11, no 2º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas, que acontece desde quinta-feira, 9, no auditório do Museu de Ciências Naturais da PUC-Minas, em Belo Horizonte (MG).  De acordo com o cardeal é  preciso ir ao povo “com coragem e sem repugnância”. “Não basta lançar a Palavra de Deus da janela da casa paroquial. É preciso sair, ir a campo. Tomar a iniciativa e ir fará você se sentir feliz”, afirmou.
Segundo o presidente da Comissão para a Amazônia, é preciso colocar todos os agentes pastorais em constante estado de saída. “O papa Francisco fala de uma Igreja em saída, não uma Igreja sentada em casa. Um cristão em saída, bispos e padres em saída, seminaristas em saída. Em casa o seminarista já fica sentado, fica gordo”, disse dom Cláudio, provocando risadas dos congressistas. “O papa não diz uma ‘intimidade sentante’, mas itinerante”, completou.
Dom Cláudio recordou que o papa Francisco propõe uma reforma “grande e profunda” na Igreja e recordou suas palavras quando foi eleito: “sonho com uma Igreja pobre para os pobres”. “A reforma defendida pelo papa é transformar a Igreja numa Igreja missionária e, consequentemente, capaz de gritar e de denunciar as injustiças”, sublinhou o cardeal. “Não tenham medo ser profetas, meus caros seminaristas”, acrescentou.
O cardeal lembrou que o papa tem chamado a atenção do mundo com seu jeito simples e próximo das pessoas, mas alertou para o risco de suas palavras e testemunho ficarem sem incidência na vida da Igreja e das pessoas. “Não basta aplaudir o papa, mas é necessário deixar interpelar-se por ele, algo tem que mudar. Se isso ainda não aconteceu, você fazendo do papa apenas um show”, disse.
Próximo de completar 81 anos, dom Cláudio falou com entusiasmo de suas visitas às várias dioceses da Amazônia. “Quando a gente vai para a Amazônia, a gente tem que arregaçar as mangas e, quando volta, chega feliz em casa, com cheiro das ovelhas”, afirma. Aos padres deixou um recado: “Padre, quando estiver desanimado, saia, levante-se, vá em direção às periferias, ao povo sofrido, ouça o que ele dirá e aqueça seu coração, assim como Jesus aqueceu o coração dos discípulos de Emaús”.