28 de jan. de 2016

Celebramos, no dia 25 de janeiro, a Conversão de São Paulo, nosso celestial Patrono. São Paulo era um judeu culto, pertencente ao grupo dos fariseus, formado com o grande mestre da Bíblia e das leis, Gamaliel. Como se propusera a preservar, a todo custo, a tradição judaica, sentiu que deveria impedir o avanço – e se possível exterminar – da nova doutrina que havia surgido, o cristianismo, que trazia uma proposta de vida diferente, em muitos aspectos, da lei judaica. Decidiu começar sua tarefa pela cidade de Damasco. 
Enquanto caminhava para Damasco, teve a experiência que Aparecida assim descreve: "Não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou por uma grande ideia, mas através do encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, Jesus Cristo..." (DAp 243). O que é, pois, necessário para ser cristão? Um encontro fascinante com Cristo. O cursilhista, como São Paulo, nasce na estrada, na missão. 
Aprendamos com nosso Patrono a sair em missão, sem medo, pois ainda que tomemos o caminho errado, Cristo nos encontrará. Foi exatamente a partir do encontro pessoal com Cristo que São Paulo passou a ser Apóstolo. 

Aproveitemos seu o exemplo e renovemos nosso encontro com Cristo, neste ano da Misericórdia.
São Paulo, intercedei por nós!

Pe. Xiko, SAC

O que é o Ano Santo?
O Papa Francisco anunciou o Jubileu do Ano Santo da Misericórdia por meio da Bula de Proclamação Misericordiae Vultus (O Rosto da Misericórdia). O Jubileu iniciou dia 08 de dezembro de 2015 e se concluirá no dia 20 de novembro de 2016, com a Solenidade de Jesus Cristo Rei do Universo.
A celebração do Jubileu se origina no judaísmo. Consistia em uma comemoração de um ano sabático que tinha um significado especial. A festa se realizava a cada 50 anos. Durante o ano os escravos eram libertados, restituíam-se as propriedades às pessoas que as haviam perdido, perdoavam-se as dívidas, as terras deviam permanecer sem cultivar e se descansava. Era um ano de reconciliação geral. Na Bíblia, encontramos algumas passagens dessa celebração judaica (cf. Lv 25,8).

O que significa Jubileu?
A palavra Jubileu se inspira no termo hebreu de yobel, que se refere ao chifre do cordeiro que servia como instrumento musical. Jubileu, também tem uma raiz latina, iubilum que representa um grito de alegria. Na tradição católica, o Jubileu consiste em que durante um ano se concedem indulgências aos fiéis que cumprem certas disposições estabelecidas pelo Papa. O Jubileu pode ser ordinário ou extraordinário. A celebração do Ano Santo Ordinário acontece em um intervalo a cada 25 anos, com o objetivo de que cada geração experimente pelo menos uma em sua vida. Já o Ano Santo Extraordinário se proclama como celebração de um fato destacado. O Jubileu proclamado pelo Papa Francisco é um Ano Santo Extraordinário. É um convite para que, de maneira mais intensa, fixemos o olhar na Misericórdia do Pai.

Por que abrir uma porta no Ano Santo?
A Porta Santa, na Basílica de São Pedro, em Roma, só se abre durante um Ano Santo e significa que se abre um caminho extraordinário para a salvação. Na cerimônia de abertura, o Papa toca a porta com um martelo 3 vezes enquanto diz: “Abram-me as portas da justiça; entrando por elas confessarei ao Senhor”. Depois de aberta, entoa-se um canto de Ação de Graças e o Papa atravessa esta porta com seus colaboradores.

O que fazer nesse ano?
Na Bula Misericordiae Vultus, o Papa Francisco sugere algumas iniciativas que podem ser vividas em diferentes etapas:
  • Realizar peregrinações;
  • Praticar as obras de misericórdia;
  • Intensificar a oração;
  • Passar pela Porta Santa em Roma ou na Diocese;
  • Perdoar a todos;
  • Buscar o Sacramento da Reconciliação;
  • Superar a corrupção;
  • Receber a indulgência;
  • Participar da Eucaristia;
  • Fortalecer o ecumenismo;
  • Converter-se.
O que é a indulgência?
Indulgência é a remissão diante de Deus da pena devida aos pecados, cuja culpa já foi perdoada. Cada vez que alguém se arrepende e se confessa, é perdoado a culpa dos pecados cometidos, mas não a pena. Por exemplo, se alguém mata uma pessoa e se arrepende, depois pede perdão e procura o Sacramento da Penitência, receberá o perdão. Contudo, como repassar o mal cometido que tirou a vida de alguém? Por isso permanece uma pena após o perdão. Essa situação pode ter um indulto, uma indulgência, que a Igreja oferece em certas condições especiais e quando o fiel está bem disposto a buscar a santidade de vida, aproximando-se cada vez mais de Deus. A Igreja pode oferecer a indulgência pelos méritos de Cristo, de Maria e dos santos que sempre participam da obra da salvação. Sobre isso, escreveu o Papa Francisco: “No sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos permanecem. A misericórdia de Deus, porém, é mais forte também do que isso. Ela torna-se indulgência do Pai que, através da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a crescer no amor em vez de recair no pecado” (Misericordiae Vultus, 22).
Como receber a indulgência?
Para receber a indulgência todos são chamados a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta Santa, aberta em cada Catedral ou nas igrejas estabelecidas pelo Bispo diocesano, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão. É importante que este momento esteja unido, em primeiro lugar, ao Sacramento da Reconciliação e à Celebração da Eucaristia com uma reflexão sobre a Misericórdia. Será necessário acompanhar essas celebrações com a profissão de fé e com a oração pelo Papa, para o bem da Igreja e do mundo inteiro.

Há indulgências para os falecidos?
A indulgência pode ser obtida também para os que faleceram. A eles estamos unidos pelo testemunho de fé e caridade que nos deixaram. Assim como os recordamos na Celebração Eucarística, também podemos, no grande mistério da Comunhão dos Santos, rezar por eles, para que o rosto misericordioso do Pai os liberte de qualquer resíduo de culpa e possa abraça-los na felicidade sem fim.

E os doentes e idosos?
Para eles será de grande ajuda viver a enfermidade e o sofrimento como experiência de proximidade ao Senhor que no mistério da sua paixão, morte e ressurreição indica o caminho para dar sentido à dor e à solidão. Viver com fé e esperança este momento de provocação, recebendo a comunhão ou participando na Celebração Eucarística e na oração comunitária, inclusive através dos vários meios de comunicação, será, para eles, o modo de obter a indulgência jubilar.

As obras de misericórdia
A experiência da misericórdia torna-se visível pelo testemunho concreto. Todas as vezes que um fiel viver uma ou mais destas obras pessoalmente, obterá a indulgência jubilar.

Obras corporais
1.    Dar de comer aos famintos;
2.    Dar de beber aos que tem sede;
3.    Vestir os nus;
4.    Acolher o estrangeiro;
5.    Visitar os enfermos;
6.    Visitar os encarcerados;
7.    Sepultar os mortos.

Obras espirituais
1.    Aconselhar os duvidosos;
2.    Ensinar os ignorantes;
3.    Admoestar os pecadores;
4.    Consolar os aflitos;
5.    Perdoar as ofensas;
6.    Suportar com paciência as injustiças;
7.    Rezar a Deus pelos vivos e pelos mortos.


5 de jan. de 2016

Para dom Leonardo, este ano será um tempo dedicado à misericórdia.  “Queremos agradecer a Deus pelo ano que passou. Apesar das dificuldades, esperamos muitas bênçãos em 2016, para continuarmos a evangelizar, anunciar e testemunhar a alegria da presença de Deus no meio de nós”, disse o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, em entrevista ao programa de televisão Igreja no Brasil.
Por CNBB
Ainda completa. “Para nós, como Igreja, o início do Ano Novo é Jesus. O nascimento de Deus, no mundo, representa um novo tempo. É bonito pensarmos que o ano é um tempo e espaço dados por Deus, não apenas cronológico. O tempo que Deus nos deu para 2016 é o tempo da misericórdia”, explicou o bispo.
Sobre as ações da CNBB em 2016, dom Leonardo revela que os trabalhos serão direcionados à missão evangelizadora. “Estamos crescendo no Brasil com a presença de uma Igreja missionária. Que bonito ver os leigos participando cada vez mais da ação evangelizadora, não apenas na comunidade, mas também buscando diálogo em diversos níveis da sociedade. Por isso, este ano, queremos ser um Igreja missionária e misericordiosa”, afirma.
Avaliações e avanços 
Em 2015, diversas atividades foram realizadas pela Igreja no Brasil, em unidade com as dioceses, paróquias e comunidades. De acordo com dom Leonardo, a CNBB, representada pelo episcopado brasileiro e igrejas particulares, teve presença efetiva na vida da sociedade, como a não aprovação da redução da maioridade penal e a não participação das empresas no financiamento das eleições no país.
“Foram grandes passos na política brasileira e também representam a importância do nosso trabalho, enquanto Conferência, na sociedade”, acrescenta  dom Leonardo. O bispo falou, ainda, que a CNBB tem a missão de contribuir com a vida política do país, sugerindo caminhos para o enfrentamento da crise e outras dificuldades, sempre na busca de melhorias.
“Nós sempre vamos trabalhar em prol da dignidade das pessoas, especialmente em relação aos nossos pobres. Quem mais sofre com a crise política e econômica são os pobres”, ressaltou.

Na visão do bispo, este novo ano será de muitas esperanças e trabalhos. “Que tenhamos um ano cheio de bênção, de muita luta e leitura da Palavra de Deus. Possamos ser cristãos levando a presença misericordiosa de Deus na sociedade e comunidades onde vivemos”, concluiu.

1 de jan. de 2016


O despertar da força pode nos ajudar a apreciar mais uma vez nossa herança religiosa e as histórias que guiam nossas escolhas.
George Lucas queria que Star Wars fosse uma nova mitologia que ensinasse a uma nova geração sobre a espiritualidade, o bem e o mal. Ele usou deliberadamente temas comuns nas histórias bíblicas e várias religiões em seus filmes. Aqui estão sete temas fundamentais para procurar no novo filme.
1. Vocação: O chamado, a recusa inicial e a aceitação do chamado. Luke é um simples garoto de fazenda em um planeta remoto. Mas o velho Obi-Wan o chama para aprender os caminhos da Força. Luke se recusa a princípio: “Eu não vou para Alderaan!” Mas, finalmente, deixa tudo para trás, seguindo o seu professor (e mais tarde Yoda) para se tornar um Jedi.
2. A existência de um poder superior invisível: O aprendiz Jedi precisa aprender a abrir-se a um poder superior que irá guiá-lo e que pode até mesmo realizar milagres. Não é bem o Espírito Santo por causa de sua natureza impessoal, mas ainda um princípio orientador que pode trazer luz, se você abrir o seu coração e sua mente para ela. “Use a força, Luke.”
3. Tentação: Para usar os talentos e dons por razões egoístas, por medo, raiva ou ódio. Darth Vader era um bom menino, mas ele foi seduzido pela maneira “fácil” do lado sombrio. Seguir o lado da luz é difícil e exige dedicação, desprendimento e sacrifício.
4. Mal: A realidade do mal que se origina a partir da escolha de recusar a luz e se voltar para a escuridão. Esta escolha de recusar a luz pode ter consequências tremendas para o resto do universo. Alguns personagens emStar Wars parecem encarnar esse mal de uma maneira pessoal, como Darth Maul, com sua aparência diabólica, e o Imperador.
5. Sacrifício redentor: Não há maior amor do que dar a vida por seus amigos. Às vezes, a busca para salvar pessoas da escuridão pode levar ao sofrimento e sacrifício. Obi-Wan se deixa matar por Darth Vader assim Luke, Leia e Han podem escapar.
6. Conversão: Apesar do poder que a escuridão pode ter sobre a alma de alguém, há sempre o bem em algum lugar profundo dentro de si. A conversão, o perdão e a redenção continuam a ser possíveis até o fim. Luke, diz Darth Vader: “Eu sinto o bem em você.” A fé finalmente ganha Vader de volta, e ele se torna o salvador, uma vez que foi chamado a ser exatamente isto.
7. Renascimento e ressurreição: A morte nem sempre é o fim; uma vida bem vivida pode continuar após a morte. Obi-Wan, Anakin e Yoda aparecem como espíritos depois que morrem. Star Wars está cheio de “despertares” de pessoas ou coisas que pareciam ter morrido, mas voltam à vida, como Han Solo depois que ele fica congelado em carbonite, ou C-3PO, que foi remontado depois que ele leva um tiro.
Star wars é uma metáfora dos nossos tempos. Nós nos esquecemos de nossa herança religiosa, as histórias que norteiam nossas escolhas. O que nos torna vulneráveis ​​à tentação do egoísmo, medo, raiva e ódio. Mas a fé sempre volta. Han Solo começa como um ateu, mas acaba transmitindo sua fé na força para uma nova geração que pensou que as velhas histórias eram apenas mitos e contos de fadas: “É verdade – tudo isso”, ele diz-lhes.

Pe. Roderick Vonhögen (@FatherRoderick) é sacerdote católico, podcaster e autoproclamado “Geekpriest.” Ele elaborou estes 7 temas, em uma conversa com Elizabeth Scalia, como pode-se assistir abaixo, em inglês:
Trad. e Adapt.: Felipe Bezerra.