28 de ago. de 2015

Um deserto de areia, dor e morte que não tem prazo para terminar
Na primeira semana de agosto de 2014, mais um êxodo corta os desertos do Oriente Médio. Na Planície de Nínive, norte do Iraque, milhares de cristãos e yazidis são expulsos violentamente de suas terras pelo fanatismo assassino do Estado Islâmico. As imagens vêm dos campos de refugiados de Erbil, são cortesia da edição árabe de Aleteia e dispensam palavras - mas pedem socorro.
 







Continuemos rezando por esses nossos irmãos, que estão perseverando na fé em meio a sofrimentos aberrantes que sequer podemos imaginar. Que Maria interceda perante Deus Pai pela conversão dos corações e pela paz entre os homens.
*Fonte: http://www.aleteia.org/pt/mundo/artigo/um-ano-de-horror-em-fotos-o-exodo-cruel-de-milhares-de-cristaos-e-yazidis-expulsos-pelo-estado-islamico-5797808518987776



12 de ago. de 2015

Queremos oferecer a nossa contribuição à superação da crise ecológica que a humanidade está vivendo

O Papa Francisco enviou uma carta ao Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz e ao Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, na qual afirma que, compartilhando com o amado irmão o Patriarca Ecumênico Bartolomeu as preocupações pelo futuro da criação e, acolhendo a sugestão de seu representante, o Metropolita Ioannis de Pérgamo, que se pronunciou na apresentação da Encíclica Laudato Si sobre o cuidado da casa comum, decidiu instituir também na Igreja Católica o “Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação” que, a partir do ano corrente será celebrado em 1° de setembro – assim como já ocorre há tempos na Igreja Ortodoxa.
Motivação
Como cristãos, – escreve o Papa – queremos oferecer a nossa contribuição à superação da crise ecológica que a humanidade está vivendo. Por isto devemos, antes de tudo, buscar no nosso rico patrimônio espiritual as motivações que alimentam a paixão pelo cuidado da criação, recordando sempre que para os que creem em Jesus Cristo, Verbo de Deus que se fez homem por nós, «a espiritualidade não está desligada do próprio corpo nem da natureza ou das realidades deste mundo, mas vive com elas e nelas, em comunhão com tudo o que nos rodeia» (ibid., 216).
A crise ecológica – reafirma Francisco – nos chama, portanto, a uma profunda conversão espiritual: os cristãos são chamados a uma «conversão ecológica, que comporta deixar emergir, nas relações com o mundo que os rodeia, todas as consequências do encontro com Jesus» (ibid., 217). De fato «Viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspecto secundário da experiência cristã, mas parte essencial duma existência virtuosa» (ibid).
Protetores
O Santo Padre destaca em seguida que o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, que será celebrado todos os anos, oferecerá aos fieis individualmente e às comunidades a preciosa oportunidade de renovar a pessoal adesão à própria vocação de custódios da criação, elevando a Deus o agradecimento pela obra maravilhosa que Ele confiou ao nosso cuidado, invocando a sua ajuda para a proteção da criação e a sua misericórdia pelos pecados cometidos contra o mundo em que vivemos. A celebração do Dia, na mesma data, com a Igreja Ortodoxa, será uma ocasião profícua para testemunhar a nossa crescente comunhão com os irmãos ortodoxos.
O Papa Francisco recorda que vivemos em um tempo em que todos os cristãos enfrentam idênticos e importantes desafios, aos quais, para resultar mais críveis e eficazes, devemos dar respostas comuns. Por isto, é seu desejo que tal Dia possa envolver, em qualquer modo, também outras Igrejas e Comunidades eclesiais e ser celebrado em sintonia com as iniciativas que o Conselho Mundial de Igrejas promove sobre este tema.
Tarefas
Ao Cardeal Turkson, Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, o Santo Padre pede para levar ao conhecimento das Comissões Justiça e Paz das Conferências Episcopais, bem como dos Organismos nacionais e internacionais comprometidos no âmbito ecológico, a instituição do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, para que, em harmonia com as exigências e as situações locais, a celebração seja devidamente organizada com a participação de todo o Povo de Deus: sacerdotes, religiosos, religiosas e fieis leigos. Para este objetivo, será de responsabilidade deste Dicastério, em colaboração com as Conferências Episcopais, implementar oportunas iniciativas de promoção e de animação, para que esta celebração anual seja um momento forte de oração, reflexão, conversão e uma oportunidade para assumir estilos de vida coerentes.
Já ao Cardeal Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, pede para realizar os contatos necessários com o Patriarcado Ecumênico e com as outras realidades ecumênicas, para que tal Dia Mundial possa tornar-se sinal de um caminho percorrido conjuntamente por todos os que creem em Cristo. Será responsabilidade, além disto, deste Dicastério, cuidar da coordenação com iniciativas similares tomadas pelo Conselho Mundial de Igrejas.
Enquanto faz votos da mais ampla colaboração para o bom início e desenvolvimento do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, o Papa Francisco invoca a intercessão da Mãe de Deus, Maria Santíssima, e de São Francisco de Assis, cujo Cântico das Criaturas inspira tantos homens e mulheres de boa vontade a viver no louvor do Criador e no respeito pela criação.
Fonte: News.va


8 de ago. de 2015

O secretário geral da Conferência Episcopal Italiana, dom Nunzio Galantino, inicia hoje, 6 de agosto, visita pastoral à Jordânia, por ocasião do Dia Internacional de Oração pelos Cristãos Perseguidos no Oriente Médio. A viagem marca um ano da chegada dos refugiados ao país, em 8 de agosto de 2014, sendo um convite do patriarca de Jerusalém dom Fouwad Twal e do vigário patriarcal para a Jordânia, dom Maroun Lahhan.
Em carta enviada por meio do secretário geral, dom Galatino, o papa Francisco recordou “que os perseguidos e oprimidos pela violência, foram obrigados a abandonar as suas casas e a sua terra”. O pontífice disse também que as pessoas perseguidas por causa da fidelidade ao Evangelho podem ser consideradas mártires.
“Várias vezes quis dar voz às atrozes, desumanas e inexplicáveis perseguições a quem em tantas partes do mundo, e sobretudo entre os cristãos, é vítima do fanatismo e da intolerância, muitas vezes sob os olhos e no silêncio de todos”, escreveu o papa.
Francisco deseja, ainda, que os cristãos possam “ser o sinal de uma Igreja que não esquece e não abandona os seus filhos exilados por causa da sua fé”.

Acolher os refugiados
Segundo dados divulgados, em junho deste ano, pela Agência da ONU para refugiados (Acnur), o número de refugiados atingiu 59,5 milhões em 2014. O crescimento registrado é o maior desde 2013, considerando que mais de 2,5 milhões de pessoas tiveram que deixar suas casas no Iraque em 2014, onde grande parte da população refugiou-se na região autônoma do Curdistão iraquiano. Cerca de 14 milhões de pessoas foram expulsas de suas casas no Iraque e na Síria.
Na carta aos refugiados iraquianos, presentes neste momento na Jordânia, o papa Francisco faz votos de que a opinião pública mundial possa estar cada vez mais atenta, sensível e partícipe diante das perseguições realizadas contra os cristãos e, mais em geral, contra as minorias religiosas. “Renovo o desejo de que a Comunidade Internacional não permaneça em silêncio e inerte diante de tal inaceitável crime”, disse.

Ao final, agradeceu às comunidades que souberam acolher os irmãos refugiados. “Vocês anunciam a ressurreição de Cristo com a partilha da dor e com a ajuda solidária que prestam às centenas de milhares de refugiados; com o seu a inclinar-se sobre os seus sofrimentos, que correm o risco de sufocar suas esperanças; com o seu serviço de fraternidade, que ilumina também momentos tão escuros da existência. E a invocação que o Senhor recompense a todos, como somente Ele pode fazer, com a abundância de seus dons”, disse.