Cidade do Vaticano, 24 nov 2013 – O Papa presidiu hoje no Vaticano
à missa conclusiva do Ano da Fé, iniciativa lançada por Bento XVI, e disse
que as comunidades católicas têm de apresentar Jesus como “centro da história da
humanidade e de cada homem”.

A celebração contou com a primeira exposição
pública das relíquias do apóstolo Pedro, primeiro Papa da Igreja, que foram
colocadas junto ao altar.
Francisco convidou os participantes a entregarem a
Jesus “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias”, e mesmo os
“momentos mais sombrios”, porque Cristo dá a “esperança”, a “palavra do perdão,
não a da condenação”.
“Hoje, todos nós podemos pensar na nossa história,
no nosso caminho: cada um tem a sua história, também as suas falhas, os seus
pecados, os momentos felizes e de escuridão. Faz-nos bem pensar na nossa
história, olhar para Jesus e dizer-lhe, de coração: ‘Lembra-te de mim’”,
declarou.
A centralidade de Cristo, “Senhor da criação,
Senhor da reconciliação”, exige que cada crente seja capaz de a “reconhecer e
aceitar na vida”, “nos pensamentos, nas palavras e nas obras”.
“Quando se perde este centro, substituindo-o por
outra coisa qualquer, disso só derivam danos para o meio ambiente que nos
rodeia e para o próprio homem” advertiu o Papa.
A homilia destacou também a presença de Cristo como
“centro do povo de Deus”.
“Cristo, descendente do rei David, é o «irmão» em
volta do qual se constitui o povo, que cuida do seu povo, de todos nós, com o
preço da sua vida. Nele, nós somos um só; unidos a Ele, partilhamos um só
caminho, um único destino”, assinalou Francisco.
A reflexão partiu da passagem evangélica do “bom
ladrão”, crucificado ao lado de Jesus que lhe pede a sua misericórdia.
“A promessa de Jesus ao bom ladrão dá-nos uma
grande esperança: diz-nos que a graça de Deus é sempre mais abundante de quanto
pedira a oração. O Senhor dá sempre mais do que se lhe pede: pedes-lhe que se
lembre de ti, e Ele leva-te para o seu Reino”, disse o Papa.
Além da inédita exposição das relíquias de São
Pedro, a missa conclusiva do Ano da Fé – que se iniciou em outubro de 2012, por
iniciativa do Papa emérito Bento XVI – foi o momento escolhido para entrega
simbólica da nova exortação apostólica de Francisco, ‘Evangelii gaudium’ (a
alegria do Evangelho), que vai ser apresentada publicamente na terça-feira.
A celebração contou ainda com a realização de um
peditório em favor da população das Filipinas, atingida pelo furacão Haiyan.